terça-feira, 28 de maio de 2013

06/07/12 – De Taquaruçu até Palmas (35 km)

Saí 07:30 e a perspectiva era chegar em Palmas ainda cedo. Estrada de asfalto até lá.

Na saída da cidade, à beira da rodovia, está a Cachoeira Taquaruçu. Parei para dar uma olhadinha. Uma queda bonita e um bom lugar para dar um mergulho. Pena que ainda estava muito cedo para encarar. Cedo e frio! Mas o lugar parece ser bem “farofado”. Há muitas cadeiras e mesas por todo lado e, como todo lugar de fácil acesso, parece que fica lotado durante o dia.

Cheguei a Palmas antes das 10:00. Fui direto para a rodoviária. Consegui comprar passagem para Alto Paraíso, mais perto de Cavalcante que Campos Belos. O ônibus sairia às 19:30. Comi alguma coisa e fui para o centro da cidade. Fui atrás do Sedex com a bateria da câmera, mas descobri que tinha acontecido algum erro e o bendito Sedex tinha voltado para BH.

Agora sabia que ia ser quase impossível carregar a bateria. Confesso que isso me emputeceu bastante. Mas como ainda era cedo e eu sou bem teimoso não ia desistir assim tão fácil. Foi aí que começou a minha saga.

Primeiro liguei para uma loja de fotos que achei no catálogo. Sem sucesso. Fui, então, a uma lan house, entrei no site da Canon e liguei para uma loja indicada lá como revendedora. Nada. Mas era cedo para desanimar. No site telelistas procurei por estúdios fotográficos na cidade. Liguei para um deles e perguntei se trabalhavam com câmeras Canon. Expliquei a situação e pedi ajuda para carregar a bateria. Disseram para passar lá. Fui. Mas o carregador deles não era compatível com a minha bateria. O cara que me atendeu indicou uma loja onde vendiam suprimentos Canon. Corri para lá. Sem sucesso. Lá me indicaram outro lugar. Fui. Nada também. Loja ao lado. Nada. “Tem um lugar que tem assistência técnica Canon!”. Nada. Mas nesse último lugar me indicaram uma loja, numa galeriazinha, que poderia ser mais uma esperança. Já estava me cansado daquela caçada implacável. Na tal galeria, mais duas tentativas fracassadas. Quando já estava quase me conformando em ficar sem as fotos, descobri uma lojinha, num cantinho da galeria. Era um lugar onde faziam manutenção de câmeras. Um equatoriano, Edgar, dono do lugar (e único funcionário), decidiu me ajudar depois de eu insistir bastante. “Eu vou dar um jeito”. Não sei bem o que ele fez. Parece que uma gambiarra com um carregador que ele tinha lá. O certo é que a bateria estava carregando! Nem acreditei.

Enquanto a bateria carregava fui comer. De volta, a bateria estava carregada. Milagre!

Fui à Praça dos Girassóis conhecer o Monumento aos 18 do forte. Deitei um tempo na praça, para descansar. Fui ao parque Cesamar também. Têm uma pista de cooper muito legal por lá, em volta de um lago. Quase 3 km. De lá para a rodoviária, para ter uma experiência sui generis: tomar banho na rodoviária!



Sempre ficava pensando, quando ia a um banheiro de rodoviária ou de parada de ônibus e via chuveiros: “Que tipo de criatura toma banho nesses banheiros?!”. Agora eu era uma dessas criaturas.

Do jeito que estava não dava para viajar. Todo suado e fedido. Deixei a bike no guarda volumes, peguei umas roupas e encarei a aventura. De banho tomado, peguei a bike e fui para a plataforma de embarque preparar tudo.

Embarcado. Agora era encarar uma longa noite, rumo a Alto Paraíso.

O ar condicionado do ônibus estava na minha cabeça. Eu mereço! Parece que escolho a dedo. Mas... Como eu já previa um friozinho, tinha deixado separadas uma calça, uma blusa e uma meia. Ajudaram bem!

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