terça-feira, 28 de maio de 2013

01/07/12 – Da Fazenda Triago até Ponte Alta do Tocantins (92 km)

Me despedi de Guilherme e Valdilene, agradeci muito por toda a hospitalidade deles e segui meu caminho. Eram 06:30. Com a estrada boa, logo cheguei ao trevo. Parei para comer uns biscoitos com castanha do Pará e rumei para Ponte Alta. Na verdade, como não sabia direito sobre as condições da estrada, minha intenção nesse dia era acampar na Fazenda Santim, mais ou menos no meio do caminho até Ponte Alta (indicação do Wagner, que dormiu por lá). Mas logo percebi que seria possível chegar a Ponte Alta. A estrada estava boa, um dos melhores trechos até agora, salvo algumas partes ruins, de muita areia, pouco depois do trevo. Mas coisa pouca. Tudo, então, ia depender das paradas que eu pretendia fazer, na Cachoeira do Lajeado e no Cânion da Sussuapara.

Ao longo do caminho pude ver placas indicando algumas cachoeiras, mas todas consideravelmente distantes da estrada principal. E pior, caminhos de pura areia. Decidi não me arriscar. Sabia que o Cânion da Sussuapara tinha uma placa de sinalização, mas não sabia se a Cachoeira do Lajeado também tinha.

Não sei se me disseram errado ou fiz confusão, mas na minha cabeça a entrada para a cachoeira era depois do cânion. Por isso não me preocupei. Iria ficar mais atento e ligar o GPS (tinha a cachoeira marcada nele) assim que passasse pelo cânion. Mas em uma parada para pegar água num riozinho, sentei para conversar com o pessoal que morava numa casinha na beira da estrada. Para minha surpresa, me disseram que já havia passado pelo acesso à Cachoeira do Lajeado. Na verdade, ela ficava antes do cânion. Me disseram que já tinha ficado pra trás a uns 3 ou 4 km, e que era um pouco fora da estrada, talvez mais uns 3 km. Achei melhor seguir para o cânion. Voltar iria significar um aumento considerável de distância. E, com certeza, não me permitiria chegar a Ponte Alta antes de anoitecer.

Uns 13 km depois avistei a tal placa para o cânion. Deixei a bike debaixo de uma árvore e segui uma trilhazinha de poucos metros até o cânion. Um lugar muito interessante, com uma pequena queda d’água. Lugar frio e sombrio, com pouca luminosidade. Difícil fotografar. Dei uma boa olhada por lá e logo retomei meu curso.



Assim que deixei o cânion encontrei o Guilherme. Ele estava indo de moto para Ponte Alta. Eu estava esperando encontrá-lo já havia algum tempo. Era minha vez de retribuir um pouco da sua hospitalidade, ainda que apenas com um pouco de água gelada. Uma garrafinha, que ele bebeu quase que num gole só. Essa eu tinha recarregado a alguns quilômetros, quando parei num venda para beber 2 Pepsi geladas.

Combinamos de nos encontrar em Ponte Alta à noite. Ainda faltavam uns 14 km para chegar a Ponte Alta.

Com a estrada boa, segui em bom ritmo. Logo avistei a cidade. Mas antes de adentrá-la ainda tive que vencer duas subidas monstruosas.

Procurei pela Pousada da Dona Lázara. Logo encontrei e pude tomar meu banho. Tentei ligar para o Guilherme, mas não consegui. Fui procurar um lugar para comer. Era domingo e não havia muitas opções abertas, mas achei uma pizza.

Meu plano era, no dia seguinte, ir à Pedra Furada e voltar para Ponte Alta. Seriam uns 60 km ida e volta. Dona Lázara disse que haveria um passeio dela por lá, com uma senhora de Goiânia. Perguntou se eu não queria ir, mas o preço me desanimou, R$ 200,00. Agradeci e disse que iria de bike mesmo. Ficamos conversando na varanda antes de dormir. Eu, Dona Lázara e Carmem, a senhora de Goiânia. Carmem acabou me convidando para ir com ela. Ela iria de todo jeito, já tinha pago. E insistiu para que eu fosse, de carona. Fiquei sem jeito, mas aceitei. Sairíamos às 08:00 do dia seguinte.

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