Começamos o dia tomando um café da manhã improvisado dentro do quarto para agilizar a saída. O café no Santuário saia muito tarde e ainda ficava longe do nosso quarto / casa. Começamos a pedalar sob aquele friozinho costumeiro, que parecia ainda mais forte por causa da descida. E que descida! Descemos tudo o que a gente tinha subido no dia anterior. Uns 10 kms. Mais tarde vi que meu cateye chegou a marcar 75 km/h! Na descida, meu câmbio dianteiro, que já vinha fraquejando, arrebentou o cabo. Apertei o parafuso do câmbio para deixar a corrente na coroa do meio e continuamos descendo. Passamos pela portaria do Parque e, logo depois, entramos numa estrada de terra para fazer um desvio rumo a Catas Altas, onde eu tentaria arrumar o câmbio dianteiro. Sabendo que isso ia nos atrasar demos uma acelerada no "passo". O desvio foi ótimo para encurtar o caminho. Mas... Numa descida chegando ao Bicame de Pedra, a Simoni resolveu comprar mais um terreno. Maldita especulação imobiliária! Brincadeiras à parte, o tombo não foi bonito. Eu não vi. Na verdade acho que ninguém viu. Mas ela se machucou bastante. Parece que mergulhou no cascalho. Ficou com um galo considerável na cabeça e arranhões no nariz, nos braços e nas pernas. Nos encontramos todos no Bicame e prestamos os primeiros socorros lá. A Simoni disse que dava pra continuar. Estávamos perto de Catas Altas já, mas ficamos preocupados. Seguimos devagar já planejando o que faríamos. A ideia era mandá-la pra BH para fazer alguns exames e ter a certeza de que não foi nada mais grave.
Chegando em Catas Altas, então, nos dividimos para agilizar. Fui procurar um lugar onde pudesse arrumar o câmbio enquanto o resto do pessoal foi para o posto de saúde. A enfermeira disse que o ideal era fazer uma tomografia. Mas decidimos que o melhor era ela ir para BH e fazer os exames por lá. Até porque ela não teria mais condições de prosseguir, ainda que nada de grave fosse constatado, porque estava com muitas dores pelo corpo. O Júlio se dispôs a acompanhá-la até BH. Fizemos um lanche rápido e nos despedimos dos dois. Saímos correndo porque com tantos imprevistos o tempo correu e a gente também teria que fazê-lo se quiséssemos chegar a Mariana ainda de dia. Sentamos a bota e conseguimos chegar em Mariana às 16:20. Entre mortos e feridos salvaram-se todos.
Chuchu conseguiu falar com a Simoni por telefone e ela disse que chegou bem em BH e que estava indo ao hospital. Melhoras, Simoni!
Dados do GPS:
6 comentários:
Fernando to acompanhado aqui ok!
aguardo mais casca grossa ,o pedal,se precisar de algo só falar ok!
Boa sorte para você e a Chuchu.
abraços!
Alex
Pois é, tive até amnésia! Vi um cascalho solto, pensei em ir pra outro lado mas não deu tempo... depois disso só me lembro dos três em cima de mim fazendo curativo por todo canto! Bem, subi de novo na bike e fomos devagarinho até Catas Altas, onde me despedi pra vir fazer exames em BH, porque bater a cabeça e quebrar o capacete exige uma olhadinha mais de perto. Mas fiquei bem, o Júlio gentilmente me acompanhou e hoje estou aliviada por saber que "perdi" um dia de pedal puxadérrimo, só de subidas daquelas.
Agora amanhã vou ter que atender de óculos escuros, pois o galo da testa desceu para o olho: estou igualzinho mulher que apanhou de marido! O resto, só doi quando respira.
oi. o caraça eh legal mas que suas pegadinhas. acho que pela casinha perto da ponte ( o buraco vc fernando falou! rsrsr) que vcs dormiram era o local exato de ver a face da serra ( caraça, cara grande ). mas com tanta neblina nao tinha jeito mesmo. la a agua das cachoeiras sao geladas ate no verao. melhoras para a simone, nada de comprar terrenos caros. abraço e vou seguindo vcs... fernando, guia bom jesus do amparo
Gente que lugar frio esse Caraça, quero postar minhas fotos... afffff vou comprar um cabo USB aqui em Congonhas.
Bjim!
Alex um grande prazer te conhecer obrigada por tudo!!
A descida do asfalto do caraça é boa demais! 92km/h com alforges, em 2009! rs.
Cês perderam o Café da Manhã do Caraça! Não acredito!
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